Cosanpa aposta em tecnologia para a gestão do abastecimento de água
Publicado em: 25 de fevereiro de 2024 - Horario: 09:00

Assim como as principais empresas do país, a Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) tem investido em ciência e tecnologia como estratégias para melhorar os serviços de abastecimento de água na Região Metropolitana de Belém e também no interior do Estado.

A Cosanpa emprega diversas tecnologias avançadas, sendo a telemetria uma das peças fundamentais. A tecnologia integra variados sistemas de captura, monitoramento e também processamento de dados relacionados a parâmetros cruciais, como vazão, pressão, nível e qualidade da água. Uma vez processados, os dados são automaticamente convertidos em informações pertinentes que vão otimizar a operação do sistema e facilitar as tomadas de decisões para garantia da eficiência contínua do sistema.

Foto: Divulgação

Na Companhia, essas informações fazem parte do sistema supervisório intitulado Telemetrix, software desenvolvido por engenheiros da Companhia no ano de 2010 e, desde então, vem recebendo melhorias em componentes de programação e captação remota de informações.

Marcio JansenMarcio Jansen

“Hoje temos mais de 420 ativos sendo monitorados em nosso sistema. Estamos migrando para uma nova versão que vai aumentar a gama de ativos de supervisão hidráulica, elétrica e analítica. Nosso objetivo é buscar não somente um controle de quantidade, mas também da qualidade da água”, detalha o engenheiro de controle de automação da Cosanpa, Márcio Jansen.

Outro objetivo da Cosanpa é ampliar a capacidade de monitoramento para além da Região Metropolitana de Belém. “Na versão 3.0 estamos iniciando o monitoramento de dados sobre estações de tratamento de esgoto e alguns municípios do interior do Estado onde a Companhia atua”, acrescenta Márcio Jansen.

Central Operacional de Sistemas

Instalada no Complexo Bolonha dentro do Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”, a Central Operacional de Sistemas da Cosanpa concentra as atividades de supervisão e gerenciamento remoto de infraestruturas de captação, transporte, reservação e distribuição de água para a Região Metropolitana de Belém.

A Central Operacional funciona 24 horas e monitora, de forma remota (telemetria) ou presencial, 153 sistemas através de mais de 300 variáveis de supervisão de estações de captação no Rio Guamá e em poços profundos, do funcionamento de bombas e motores e adutoras, suprimento de energia elétrica, vazão de água produzida e distribuída para a rede, níveis de reservatórios e a pressão de distribuição da água até os imóveis. Com o apoio da Central Operacional são produzidos mais de 16 milhões de litros de água por hora, que são distribuídos para cerca de 1,5 milhão de habitantes da Região Metropolitana de Belém.

Eduardo SiqueiraEduardo Siqueira

“Com essa tecnologia de monitoramento, conseguimos agregar diferentes variáveis que podem ser acompanhadas pelos sistemas, telas e equipes da Central de Operações. Dessa forma, a gente consegue otimizar o trabalho e o tempo para a tomada de decisões”, explica o engenheiro sanitarista da Cosanpa, Eduardo Siqueira.

Além da tecnologia de monitoramento, o Centro Operacional dispõe ainda de um laboratório para montagem das peças que integram o sistema de sensoriamento remoto e dos programas de leitura desses dados.

“Nós estamos investindo em tecnologia em diferentes áreas e no aprimoramento de ferramentas de controle e visualização do pleno funcionamento de toda a nossa produção de água, desde a captação até a distribuição. Tudo isso faz com que possamos responder praticamente de imediato a um problema”, explica a Diretora de Operações da Cosanpa, Cleide Ferreira.

Foto: Divulgação

Mesmo com a automatização em diversos processos, a presença do fator humano ainda é indispensável na gestão do abastecimento de água e esgotamento sanitário. “São nossos colaboradores que analisam os dados gerados e atuam na tomada da decisão mais rápida para a solução do problema. Com investimentos em tecnologias, temos conseguido otimizar a mão-de-obra e, em muitos casos, direcionar para outras atividades como o desenvolvimento de softwares e hardwares que podem melhorar o dia-a-dia das equipes”, complementou a Diretora de Operações, Cleide Ferreira.

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